Esta vai ser uma revista diferente”, anuncia Carlos Cunha, que regressa nesta temporada ao Teatro Maria Vitória, no Parque Mayer, Lisboa, para encabeçar o cartaz da nova Revista à Portuguesa de Hélder Freire Costa. Destafeita, e pela primeira vez em Revista, ao lado da filha, Erika Mota.
“É uma dupla felicidade”, diz Carlos Cunha, “embora, também, duplos nervos. Vou sofrer mais por ela do que por mim,que já levo alguns anos disto”, acrescenta o ator, que em cena contracenará com Filipa Cardoso e Paulo Vasco. Com textos de Mário Rainho e Flávio Gil e encenação do primeiro, a Revista chama-se ‘Lisboa Amor Perfeito’ e “será mais alegre do que o costume”.
“Queremos bater nos políticos, que tanto nos batem a nós! Mas para além da crítica social e política que é típica da Revista à Portuguesa, o espetáculo vai ser mais divertido. Para desgraças, já basta ver os telejornais”, afirma.“ As pessoas precisam mesmo de se divertir!”
Erika Mota diz que assim que soube da notícia, contou à mãe [Marina Mota], que desde logo a apoiou.“A minha mãe não quer que me deslumbre, diz-me sempre para me manter com os pés bem assentes na terra”, conta a atriz. “Mas ficou contente por mim. A Revista é o que mais gosto de fazer.” Sobre o facto de partilhar o palco com o pai, a atriz garante que sente o peso da responsabilidade.
“Para além de ser meu pai, o Carlos Cunha é um excelente ator, com quem sinto que tenho muito a aprender.”
A produção estreia este mês.