Os homicidas de Marlon Correia dispararam 18 vezes no interior do recinto da Queima das Fitas, no Porto, na madrugada de 4 de maio. As autoridades encontraram diversos invólucros no espaço.
Duas das balas atingiram mortalmente Marlon, de 25 anos. As imagens, agora reveladas pelo CM em exclusivo, mostram que três dos quatro homicidas de Marlon estavam fortemente armados. Um deles usava um colete onde se lia a palavra ‘Polícia’.
O homicídio foi cometido de forma brutal. O jovem finalista de Desporto, que prestava ajuda nas bilheteiras do Queimódromo, foi atingido pelas costas. O homem que, nas imagens mostradas pelo CM, surge de casaco escuro e capuz branco é quem efetua os dois disparos mortais. Foi ele o assassino.
Marlon foi o primeiro a aperceber-se de que se tratava de um assalto. Ouve os primeiros disparos e baixa-se. O medo era visível no seu rosto. Corre para o interior do pré-fabricado, que nas fotos surge em frente aos assaltantes, mas segue para a direita. Os colegas que se encontravam no exterior seguem-no, mas saem logo pela porta contrária. Marlon decide sair, mas aí aparece o homicida de casaco escuro. Este aponta a arma quando o jovem ainda está a transpor a porta. Dispara. A porta fecha-se e o assassino dá outro tiro, que atravessa a fina chapa. Foi fatal para o estudante.
O homicida apercebeu-se de que atingiu Marlon. Após efetuar os disparos, abriu a porta por onde o grupo fugiu. Terá naquela altura visto o jovem caído no chão. O autor dos disparos mortais e dois cúmplices procuram depois o dinheiro das bilheteiras – 260 mil euros –, que naquele dia não estava no local habitual. Tiram mochilas e um pé de cabra. Dois deles voltam a mostrar as armas.
Um disparo vindo da porta do Queimódromo, onde um quarto assaltante confrontou a segurança, leva os três homicidas a fugirem. Os minutos seguintes são de desespero. Jovens de mãos na cabeça andam, sem rumo, de um lado para o outro. Marlon já tinha morrido. Não havia forma de o salvar.