Lisboa, 02 nov (Lusa) — A tese de doutoramento da arquiteta Sílvia Viegas sobre Luanda analisa a situação da habitação na capital angolana desde 2002, alertando para situações imprevisíveis provocadas pela forma como os musseques são intervencionados pelo Estado.
“A qualificação do musseque (bairro informal) é uma alegada intenção do Governo, mas na prática isso não existe”, disse à Lusa Sílvia Leiria Viegas, investigadora do Grupo de Estudos Socio-Territoriais, Urbanos e de Ação Local (GESTUAL) da Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa.
Para a elaboração da tese “Luanda- Cidade (im)Previsível)”, a investigadora deslocou-se à capital angolana para perceber de que forma a cidade se está a consolidar em termos urbanos e habitacionais desde o início do novo milénio, coincidindo também com o fim da guerra civil (2002).