O novo Conselho de Segurança das Nações Unidas, cujos membros já estão escolhidos, toma posse no dia 1 de Janeiro, precisamente no ano em que se comemoram os 70 anos daquela organização internacional e que tem como objetivo principal deter a guerra e cultivar a paz mundial, a par de uma melhor cooperação entre os Estados, o respeito pelos Direitos Humanos e um crescente desenvolvimento económico e social. A ONU veio substituir a falida Sociedade das Nações, que tinha sido criada após a I Guerra Mundial, e que nunca funcionou convenientemente, ao ponto de os Estados Unidos nunca a terem integrado.
Em 1945 e depois da II Guerra Mundial tornou-se necessário criar uma nova ordem internacional de forma que a História da guerra e da destruição não mais se repetisse. Com a rendição da Alemanha, Itália e Japão, as nações vencedoras criaram uma nova estrutura de gestão e controlo à escala mundial, com vários órgãos, e entre os quais se destaca o Conselho de Segurança. É este órgão que tem a capacidade para obrigar todos os países a adotarem as suas decisões.
O Conselho de Segurança é composto por 15 membros: 5 são permanentes e os restantes 10 são rotativos, eleitos por mandatos de dois anos, sendo cinco escolhidos num ano e os outros cinco no ano seguinte. Os permanentes são os vencedores da II Guerra Mundial (EUA, Reino Unido, Rússia e França, mais a China, devido à quantidade de população) e qualquer deles tem direito a veto, o que significa que uma decisão para ser aprovada, não basta ter maioria, mas sim o voto favorável ou abstenção dos membros permanentes.
Nas Nações Unidas tudo é visto e tratado em seis línguas: árabe, chinês, espanhol, francês, inglês e russo. Claro está, as línguas dos vencedores da Guerra, e outras três das mais faladas no mundo. Os principais órgãos das Nações Unidas são cinco. Somente o Tribunal Internacional de Justiça, de Haia, funciona fora dos EUA. Todos os restantes têm sede em Nova Iorque.
Esta é a realidade que todos conhecemos desde há 70 anos. Parece muito tempo, porque sempre foi desta maneira que vivemos. E por quantos anos mais vai existir esta espécie de equilíbrio nas relações entre povos? Será que esta fórmula, passados 70 anos, ainda está válida? Inicialmente foi pensada para castigar os derrotados da II Guerra. Mas, hoje, as guerras já são outras. Os inimigos são diferentes e quem era contra no passado hoje está no outro lado. Como tudo na vida, temos que estar preparados para as reformas que a própria sociedade impõe.
A Direção