

Depois da polémica dos 110 “sobredotados” que tiraram nota máxima nas provas psicológicas para o curso de chefes da PSP, o diretor nacional da polícia decidiu anular não só os 110 testes suspeitos mas também os restantes, independentemente da nota.
Assim, os polícias vão agora ser obrigados a fazer a prova pela terceira vez.
A polémica surgiu quando se soube da existência dos 110 ‘vintes’ (embora arredondados) nos resultados do concurso. Vários polícias que não ficaram nas 200 vagas disponíveis apressaram—se a dizer que os colegas tinham tido acesso à prova ainda antes de a realizar. Na altura a PSP prometeu fazer uma análise rigorosa dos recursos que foram apresentados ao júri do concurso.
Desta forma, a PSP fez agora um comunicado a dizer que “o diretor nacional da PSP determinou a instauração de um inquérito, tendo em vista apurar eventuais responsabilidades disciplinares, tendo sido fixado um prazo de 45 dias para a conclusão do mesmo”. E acrescenta: “Será, eventualmente, feita uma comunicação ao Ministério Público, de acordo com a análise feita no inquérito. ”O superintendente Valente Gomes pretende desta forma penalizar os agentes que terão utilizado cábulas ou terão tido acesso prévio às provas a partir de fóruns na internet.
Esta decisão, no entanto, não agradou a todos os agentes da PSP que não tinham tirado 20 valores mas que já estavam nas 200 vagas disponíveis e na lista para entrar no concurso que tinha data de início marcada para os primeiros dias de outubro.
A PSP acrescenta que “a realização deste inquérito não prejudica a continuação do procedimento concursal, que decorre de acordo com as competências do júri”, ou seja, as provas teóricas e as provas físicas ficam com a mesma classificação.
