Zelensky debate 5ª feira garantias de segurança com líderes europeus

Kiev, 02 set 2025 (Lusa) — O Presidente ucraniano vai reunir-se na quinta-feira com os responsáveis da Comissão Europeia e da NATO, e os líderes da Alemanha, França e Reino Unido para debater os avanços sobre as garantias de segurança do país num pós-guerra.

A reunião, hoje confirmada pela presidência ucraniana, será copresidida pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, e pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, contando com a presença do chanceler alemão, Friedrich Merz, além da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do secretário-geral da NATO, Mark Rutte, avançou o conselheiro da presidência ucraniana Mykhailo Podoliak nas redes sociais.

A participação do Presidente norte-americano, Donald Trump, nesta cimeira “não está planeada para já”, avançou uma fonte política europeia, sob anonimato, citada pela agência de notícias francesa AFP.

A reunião, que irá decorrer por videoconferência, vai focar-se “no trabalho sobre garantias de segurança para a Ucrânia realizado nas últimas semanas” e “as consequências da atitude da Rússia, que persiste em recusar a paz”.

A reunião foi planeada “para promover a diplomacia, uma vez que os russos estão a desaparecer novamente”, disse a mesma fonte europeia, acrescentando que a discussão se tornou mais urgente num momento em que os esforços de Washington para pôr fim à invasão russa da Ucrânia parecem estagnados.

As conversações da chamada “Coligação dos Dispostos” — os cerca de 30 países, maioritariamente europeus, incluindo Portugal, que apoiam militarmente a Ucrânia — realizam-se após o encontro de seis destes Estados com Donald Trump, a 18 de agosto, na Casa Branca.

Marcaram presença na Casa Branca os líderes ucraniano, francês, britânico, alemão, italiana e finlandês, além da Comissão Europeia e da NATO.

Este encontro foi combinado depois de uma cimeira no Alasca entre os presidentes dos EUA e da Rússia, que não produziu nenhum anúncio relacionado com um acordo para o conflito.

A Rússia tem rejeitado qualquer acordo para um cessar-fogo prolongado e exige, para pôr fim ao conflito, que a Ucrânia lhe ceda quatro regiões — Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia – além da península da Crimeia, anexada em 2014, e que renuncie para sempre a aderir à NATO.

Estas condições são consideradas inaceitáveis pela Ucrânia.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e “desnazificar” o país vizinho, independente desde 1991 – após o desmoronamento da União Soviética – e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

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