VENDER OURO COM PREJUÍZO DE 43%

Deco quer que a venda de ouro tenha novas regras, para proteger os consumidores (ILYANAYMUSHIN/REUTERS)
Deco quer que a venda de ouro tenha novas regras, para proteger os consumidores (ILYANAYMUSHIN/REUTERS)
Deco quer que a venda de ouro tenha novas regras, para proteger os consumidores (ILYANAYMUSHIN/REUTERS)
Deco quer que a venda de ouro tenha novas regras, para proteger os consumidores
(ILYANAYMUSHIN/REUTERS)

Investir em ouro pode não ser uma opção tão segura e rentável quanto aparenta. É este o cenário traçado por uma investigação realizada pela Deco. A Associação para a Defesa dos Consumidores visitou vários estabelecimentos de compra e venda de ouro e concluiu que o negócio pode causar prejuízos ao consumidor até 43%.
Num artigo publicado na revista ‘Proteste’, a Deco revela que, mesmo dia, o mesmo consumidor recebeu duas avaliações completamente díspares pela venda de uma peça. E os dois preços fixados foram a baixo da cotação de referência divulgada pelo Banco de Portugal. Num estabelecimento, foi oferecido ao vendedor uma cotação de 19,14 euros por grama; noutro, a oferta passou para os 27,34 euros. O valor indicativo do regulador situava-se nos 31,71 euros por grama,o que representa uma diferença de 42,9% face ao preço mais baixo.
A situação é preocupante, uma vez que, dadas as dificuldades económicas, muitas famílias têm sido obrigadas a recorrer à venda de peças de ouro para fazer face às despesas do dia a dia.