VEM AÍ O PAI NATAL

Está para breve a chegada oficial do Pai Natal, a maior figura mítica do mundo ocidental e o principal responsável pelo aumento da atividade comercial, nesta época do ano, entre cristãos e não cristãos, porque nestas ocasiões todos vendem, todos compram, todos procuram partilhar. Todo este movimento começa no início de novembro, após o dia das bruxas e prolonga-se até início de janeiro, quando uns celebram o dia de Reis e outros celebram o seu Natal, por os calendários cristãos não serem comuns.

O Natal foi declarado, pela primeira vez, festa oficial da igreja, no ano de 350, pelo Papa Júlio I, depois de uma investigação a propósito do nascimento de Cristo. Mais tarde, em 529, o imperador romano Justiniano declarou o Natal como feriado. Até então, a data era celebrada pelas populações pagãs para festejarem o solstício de inverno.

O dia de Natal é para muitos a maior festa cristã, por assinalar o nascimento, mas a data não é consensual a todos. Por exemplo, a igreja ortodoxa celebra o Natal no dia 6 de janeiro, coincidindo com o Dia de Reis para os católicos. E as celebrações da festa do Natal não foram sempre contínuas, pois as múltiplas reformas verificadas no cristianismo a isso obrigaram, interrompendo por múltiplas razões qualquer manifestação festiva.

O protestantismo surgiu no centro da Europa durante o século XVI opondo-se ao catolicismo romano medieval. O tempo das reformas trouxe outras igrejas como a luterana, presbiteriana, anglicana, metodista, batista ou congregacional. Nomes como Lutero, Calvino ou John Knox, pessoas de vasta cultura teológica e humanista, estiveram na origem das profundas reformas verificadas e das grandes transformações ideológicas e filosóficas dessa época. O império britânico, por exemplo, encarregou-se de expandir o protestantismo.

Passados todos estes tempos, o Natal aí está e com ele vem o Pai Natal, vestido de vermelho por culpa e influência de uma campanha promovida pela coca-cola, a árvore de Natal, as luzes e as músicas apropriadas, a gastronomia típica da Quadra natalícia e muitos presentes, sempre bem embrulhados, com destaque para os laços. Embora a véspera e o dia de Natal sejam passados em família, começa bem cedo o agrupamento de amigos e colegas de trabalho na promoção de encontros e jantares de Natal.

À boa maneira portuguesa, o bacalhau estará sempre presente onde quer que seja. Não importa o clima nem a temperatura, o importante é celebrar o Natal com esta espécie adotada pelos portugueses como prato nacional. Por todo o mundo cristão se pede paz e amor e a família surge nesta época como pilar fundamental do equilíbrio e da sustentabilidade. Assim vai o nosso mundo e como vem mesmo a propósito em todo este contexto, desejamos a todos os amigos, leitores e anunciantes um Feliz Natal.

A Direção