VEJA AS DIFERENÇAS

Recentemente, citamos aqui o grande pensador do século XVIII, Montesquieu, a propósito de ter dito um dia que “o que não for bom para a colmeia, também não é bom para a abelha”. Agora recuperamos esta máxima, inserida na gestão das sociedades modernas, para melhor avaliarmos as políticas entre o nosso País de origem e o País que nos acolhe. Quem sai de um País e procura vida noutro é porque não estava bem onde nasceu, ou ambicionava coisa melhor para o futuro.

Porquê o Canadá? Sabe-se lá! Poderia ser para outro País, mas o que importa é que estamos aqui e é no Canadá que acreditamos como solução. Aqui trabalhamos e ganhamos o suficiente para fazer face às necessidades crescentes do dia-a-dia. Sabemos que estamos num País considerado rico, que faz parte do G8 e do G20 e que, só por isso, ocupa um lugar invejável no panorama mundial. Pelo contrário, o País que nos viu nascer luta há muito por melhor afirmação e sustentabilidade no ranking das nações.

Portugal mergulhou nos últimos anos numa profunda crise financeira que rapidamente contagiou todos os setores da sociedade e influenciou negativamente o modo de vida. Os nossos familiares e amigos são as melhores testemunhas desses estados de espírito. Mas como sempre aconteceu ao longo da História, os portugueses souberam, mais uma vez, aproveitar todas as oportunidades e começaram a erguer de novo a cabeça, que é o melhor esplendor que Portugal pode ter. Ao contrário de outros, que não souberam ou não quiseram agarrar as soluções proporcionadas pela comunidade internacional (caso da Grécia), Portugal recomeçou a interessar a investidores e homens capazes de grandes transformações. A beleza do País, o clima, as condições oferecidas e a vontade de um povo, reconhecido em todo o mundo como bom trabalhador, estão na base desta mudança.

A responsável pelas Finanças de Portugal disse, recentemente, que o País voltou a ter os cofres cheios. E isso, que deveria ser visto como o ponto de partida da reviravolta, foi encarado por outras forças políticas e sociais como uma afronta e uma ofensa ao povo. Os socialistas que contribuíram para se chegar à porta da banca rota já apresentaram muitas propostas a que chamam de alternativa. E dizem que em vez dos cofres do Estado cheios, querem o povo com os bolsos cheios. A claim até é gira, mas as medidas, entretanto, anunciadas e que prometem pôr em prática caso vençam as eleições de setembro, vão custar muitos milhões de euros. Ao contrário do que se passa no Canadá, será o Estado português a dar, a proporcionar e a substituir tudo o que tenha ou não tenha sucesso. O Estado põe e repõe, paga e no final espera-se que a economia consiga gerar o retorno do investimento ou da despesa, ou seja desta receita.

De facto, receitas há muitas. Mas como já dizia Montesquieu, se o Estado não for rico, os cidadãos também não o serão, exceto alguns que em locais desta natureza, aproveitam a velha máxima de quem tem olho é rei.

A Direção