Apesar da grande quantidade de doses disponíveis, os canadianos não se estão a vacinar tanto quanto deveriam contra a gripe. O baixo nível de aceitação da vacina é revelado num novo inquérito do Instituto Nacional sobre o Envelhecimento.
A gripe no Canadá é responsável, normalmente, por cerca de 175 mil visitas às urgências, 12.200 hospitalizações, e aproximadamente 3.500 mortes, segundo o Governo federal.
Em termos de gripe, os mais velhos sofrem mais. Apesar de os cidadãos com pelo menos 65 anos representarem um quinto da população, eles são responsáveis por mais de metade das hospitalizações e por 70% das mortes, de acordo com o Instituto Nacional sobre o Envelhecimento.
O estudo do instituto descobriu que apenas 48% dos canadianos declararam ter recebido a vacina da gripe na época da gripe de 2021-2022, que está muito abaixo dos 93% na altura que declararam ter recebido duas doses de uma vacina COVID-19.
Além disso, embora 70% dos maiores de 65 anos terem declarado ter sido vacinados contra a gripe durante o período mais crítico do ano passado, a percentagem está abaixo do objetivo de 80% que a Agência de Saúde Pública do Canadá delineou como necessário para proteger devidamente a população idosa.
Apesar de tudo, os mais velhos foram particularmente zelosos quando se tratou da vacina contra a Covid-19, com 97% a receber duas doses, e 92% a ter três ou mais, a partir do último outono.
A pandemia levou a que os canadianos estivessem mais confiantes nas vacinas, uma vez que 28% dos canadianos dos 18 aos 64 anos mudaram para uma visão mais positiva dos efeitos; e 31% dos mais velhos, a partir dos 65 anos, disseram o mesmo.
No entanto, outros 16% dos canadianos na faixa dos 18 aos 64 anos disseram que as opiniões se tinham tornado mais negativas. Já 9% dos idosos disseram ter tido opiniões negativas em relação à vacinação.
Para os adultos que relataram não ter recebido a vacina na época da gripe 2021-2022, 30% disseram que não havia nenhuma razão específica, apenas “não a receberam”. Essa foi a resposta mais comum.
A segunda razão mais comum foi “não consegui” (14%) e a terceira foi a crença de que eles estão “saudáveis/nunca apanham a gripe” (12%).
Nos adultos com mais de 65 anos, 23% disseram que simplesmente “não apanharam” e não havia nenhuma razão específica para não apanhar, 18% disseram que acreditavam estar “saudáveis/nunca apanham gripe” e a terceira razão diferia dos adultos em geral, com 10% a afirmar que tinham preocupações com vacinas ou efeitos secundários.