
Um inquérito nacional indica que cerca de três quartos dos adultos no Canadá mantêm confiança na vacinação, mas aproximadamente um em cada quatro afirma sentir-se menos confiante do que no passado. A confiança é mais elevada entre pessoas com 65 anos ou mais, enquanto os adultos mais jovens registam a maior quebra, em particular no grupo entre os 18 e os 34 anos.
As maiores reservas dizem respeito às vacinas contra a Covid-19 e a gripe. Profissionais de saúde identificam como principais causas da hesitação as preocupações com a segurança, a influência de informação enganosa nas redes sociais e a desconfiança em instituições. Já entre o público, a decisão de se vacinar é fortemente influenciada pela perceção da eficácia da vacina, pela gravidade da doença que previne e pelo risco de exposição ao vírus.
As vacinas contra o sarampo, papeira e rubéola continuam a ser amplamente aceites, embora uma minoria manifeste desconforto ou incerteza, o que preocupa profissionais de saúde devido ao impacto que pequenas quebras na cobertura podem ter em surtos das doenças.
O inquérito mostra ainda que médicos de família e enfermeiros são a principal fonte de informação sobre vacinas, seguidos por sites oficiais de saúde pública. No entanto, a falta de acesso a cuidados de saúde primários e a crescente procura de informação em redes sociais estão associadas a níveis mais baixos de confiança.
Apesar dos sinais de hesitação, os dados indicam que a confiança na vacinação continua a ser predominante no Canadá, sendo vista por muitos profissionais como um elemento central da saúde individual e coletiva.
