
O Instituto Angus Reid revela que a proposta de cobrar entre 100 e 200 dólares pela vacina contra a COVID-19, aplicada a pessoas sem fatores de risco, é amplamente rejeitada pela população canadiana. Sete em cada dez cidadãos manifestam oposição à medida, enquanto apenas um quarto a apoia. As províncias de Alberta e Quebec tornaram-se as primeiras a avançar com esta cobrança, contrariando a política de vacinação gratuita que vigorava desde o início da pandemia.
A sondagem também revela uma divisão política no apoio à cobrança. Eleitores do Partido Conservador Progressista (CPC) mostram-se mais favoráveis, com 47% a apoiar a cobrança. Por outro lado, 89% dos eleitores liberais rejeitam a ideia de cobrar pela vacina.
A decisão de implementar taxas pela vacinação é justificada por algumas autoridades provinciais como uma forma de reduzir desperdícios de doses e direcionar recursos para outras áreas do sistema de saúde. No entanto, críticos alertam para o risco de criação de um sistema de saúde desigual, onde apenas aqueles com capacidade financeira teriam acesso à imunização.
Especialistas em saúde pública expressam preocupação de que a cobrança possa desencorajar a vacinação, especialmente entre populações mais vulneráveis, comprometendo os esforços de controlo da pandemia.
A introdução de taxas para a vacina contra a COVID-19 continua a ser um tema controverso no Canadá. A divisão de opiniões entre as províncias e a população reflete a complexidade da questão, que envolve considerações de saúde pública, equidade e sustentabilidade financeira.
