
Kiev, 04 abr 2022 (Lusa) — Os serviços de informações militares ucranianos divulgaram hoje na Internet os dados pessoais de 1.600 soldados russos – incluindo nome e sobrenome, data de nascimento e patente militar – integrados nas tropas que atuaram em Busha, perto de Kiev.
A lista corresponde aos soldados da 64.ª Brigada Motorizada Independente do Exército Russo, que terá estado implicada no alegado massacre de civis naquela cidade.
A divulgação desta lista, através do ‘site’ do Governo ucraniano, segue-se à publicação, no domingo, da identificação das 13 unidades militares russas, feita por um assessor do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, através da sua conta na rede social Facebook.
O Kremlin rejeitou categoricamente a participação dos seus soldados nesses supostos massacres.
Os serviços funerários de Busha afirmam ter localizado e enterrado cerca de 340 corpos de civis encontrados nas ruas da cidade.
Busha foi sitiada por tropas russas durante semanas e, após a sua libertação, centenas de corpos foram descobertos nas ruas, alguns deles com as mãos amarradas nas costas.
A organização de direitos humanos Human Rights Watch (HRW) alega ter indícios de que o Exército russo cometeu possíveis crimes de guerra nas áreas sob seu controlo, incluindo execuções sumárias de civis.
A comunidade internacional condenou o massacre e pediu a investigação da existência de crimes de guerra.
A União Europeia anunciou que irá “com urgência” preparar novas sanções contra a Rússia, após estas “atrocidades”, que condena nos “termos mais fortes”, cometidas pelas forças armadas russas em várias cidades ucranianas ocupadas e que já foram libertadas.
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