TURISMO EM PORTUGAL

Há gente por todo o lado e de todo o lado, das mais diversas origens e a frase que tem sido repetida várias vezes continua com a mesma força e, perfeitamente, atualizada: “Portugal está na moda”. O turismo tem sido o principal veículo e o grande beneficiado com esta nova tendência e, desde já, pode afirmar-se que 2016 vai ser o melhor ano de sempre.

Quem visitou Portugal este ano deu-se conta disso. A moda do turismo trouxe alterações à moda a que se estava habituado. Antes, tudo apontava para o Algarve e para o destino sol e praia. Esse conceito sempre afunilou o desenvolvimento e contribuiu, fortemente, para a sazonalidade que ninguém desejava. Hoje, o próprio Algarve já se reinventou e criou outros motivos para atrair e satisfazer quem o visita. Ao mesmo tempo, todo o País está a beneficiar, porque tudo passou a ser interessante, diferente e atrativo.

Sem nos darmos conta, o turismo descobriu que Portugal ainda oferece muita autenticidade e múltiplas coisas genuínas que a globalização se encarregou de destruir. Portugal tem uma História que a maioria desconhecia e constata-se, agora, que é chegada a vez de o mundo se interessar. Vilas e aldeias que simplesmente estavam votadas ao abandono e às dificuldades, são hoje motivos de interesse com capacidade de captar investimento.

O turismo transformou muitos conceitos e trouxe múltiplos benefícios. Talvez o mais importante tenha sido a recuperação de tantos centros históricos que estavam a ficar destruídos pelo abandono. A monumentalidade portuguesa foi redescoberta e não há quem não tenha vontade em investir em qualquer projeto que se adivinha rentável.

Para além da pura visita e estadia momentânea, há quem se transforme em turista frequente e muitos outros que acharam por bem investir. O turismo tem destas coisas, as cidades portuguesas estão a viver o melhor momento de recuperação patrimonial. O investimento está à vista e em vez de se expandir para áreas suburbanas, a grande aposta está nas zonas centrais.

É assim que se começa e outros investimentos se seguirão para relançar a economia. Resta saber como a classe política portuguesa encara este crescimento e se sabe aproveitar a oportunidade. Os políticos têm, por vezes, o condão de prejudicar o que a sociedade civil sabe construir. Fala-se muito em aumentos de impostos sobre o património, o que a acontecer virá contrariar todas as tendências visíveis.

São esses mesmos políticos que agravam os impostos dos cidadãos e reservam para eles todas as isenções e benefícios sobre o seu património. Assim, Portugal nunca deixará o ritmo a que nos habituou e a grande esperança é que a massa crítica portuguesa que cresceu e já está acima das capacidades dos políticos, saiba como colocar estes senhores no seu devido sítio e seguir no caminho do desenvolvimento.

A Direção