Trump admite que EUA estão a passar armas para Kiev compradas pela NATO

Washington, 11 jul 2025 (Lusa) — Os EUA estão a vender armas aos seus aliados da NATO na Europa para que estes as possam fornecer à Ucrânia, admitiu hoje o Presidente norte-americano, Donald Trump.

“Estamos a enviar armas para a NATO, e a NATO está a pagar por essas armas, a 100%”, disse Trump numa entrevista à cadeia televisiva NBC, na noite de quinta-feira.

“O que está a acontecer é que as armas que estão a ser enviadas vão para a NATO. E depois a NATO vai doá-las (à Ucrânia). E a NATO vai pagar por elas”, explicou Trump.

Também hoje, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, informou que algumas das armas fabricadas nos EUA que a Ucrânia procura estão a ser utilizadas por aliados da NATO na Europa.

“É muito mais rápido transportar algo, por exemplo, da Alemanha para a Ucrânia do que encomendá-lo a uma fábrica (nos EUA) e levá-lo até lá”, explicou Rubio aos jornalistas, durante uma visita a Kuala Lumpur, na Malásia.

A Ucrânia precisa urgentemente de mais sistemas de defesa aérea Patriot fabricados nos EUA para deter mísseis balísticos e de cruzeiro russos.

O Governo de Trump deu sinais contraditórios sobre a sua disponibilidade para prestar mais ajuda militar vital à Ucrânia durante os seus mais de três anos de luta contra a invasão russa.

Contudo, após uma pausa em alguns envios de armas, Trump assegurou que continuará a enviar armas defensivas para a Ucrânia.

As autoridades norte-americanas informaram esta semana que munições de 155 mm e foguetes guiados de precisão estão a caminho da Ucrânia.

Na quinta-feira, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, informou que a Ucrânia pediu aos países estrangeiros que lhe forneçam mais 10 sistemas e mísseis Patriot.

A Alemanha, Espanha e outros países europeus possuem sistemas de mísseis Patriot, e alguns fizeram encomendas de mais, explicou Rubio.

A Alemanha está pronta para fornecer dois sistemas, e a Noruega concordou em fornecer um.

Zelensky também disse que a Ucrânia precisa de mais ‘drones’ intercetores, para abater os ‘drones’ Shahed de fabrico russo.

RJP //APN

Lusa/Fim