
Justin Trudeau diz que o Canadá e os Países Baixos devem unir forças novamente para lutar contra o ‘extremismo’ que existe acerca da ameaça climática. Durante a visita do primeiro-ministro do Canadá, os Países Baixos apoiaram um novo centro da NATO que permite estudar as ameaças à segurança representadas pelas mudanças climáticas.
Foi na cidade de Haia, nos Países Baixos, com dezenas de parlamentares presentes, que o primeiro-ministro Justin Trudeau destacou uma nova era de parceria entre Canadá e os Países Baixos.
Citando a libertação dos Países Baixos do Governo nazista pelo Canadá durante a Segunda Grande Guerra, Trudeau disse que os dois aliados são excecionalmente qualificados para trabalhar juntos e enfrentar alguns desafios comuns, como o extremismo online crescente, a desigualdade e a ameaça existencial da mudança climática.
“Se os nossos dois países estão unidos, e eu sei disso, não é apenas pela nossa história em comum. É pelo futuro que partilhamos”, disse Trudeau no discurso de 20 minutos.
Trudeau citou especificamente os teóricos da conspiração, a intolerância que existe na internet.
“Não estamos na linha de frente de uma guerra mundial como os nossos avós. Isso não significa, porém, que podemos sentar e presumir que o trabalho que eles começaram está concluído. Meus amigos, o nosso trabalho está apenas a começar.”
Trudeau planejou estar na Europa para os 75 anos da libertação dos Países Baixos, mas a Covid-19 fez ruir os planos do líder canadiano. Mais de 7500 canadianos morreram ao libertar os Países Baixos do domínio nazista no final de 1944 e no início de 1945, antes da rendição da Alemanha.
Para marcar os consideráveis sacrifícios militares do Canadá, Trudeau viajou com a Princesa Margriet – um membro da família real dos Países Baixos que nasceu em Ottawa durante o exílio, durante a Segunda Guerra Mundial – para depositar uma coroa de flores no cemitério de guerra canadiana de Bergen op Zoom, no sul do país europeu.
“À medida que a mudança climática ameaça o nosso mundo, não somos mais uma vez chamados para intensificar e defender um futuro brilhante para os nossos filhos?”, perguntou Trudeau, no discurso aos parlamentares. “A mudança climática é o teste da nossa geração.”
Trudeau e o primeiro-ministro holandês Mark Rutte estiveram reunidos e ainda discutiram questões bilaterais, a próxima reunião do G20 em Roma e a cimeira do clima em Glasgow. Vão ser eventos onde o esforço para combater as crescentes emissões de gases de efeito estufa terá destaque.
Trudeau anunciou pela primeira vez a intenção de pedir aos aliados que apoiassem o desenvolvimento de um centro de excelência em segurança climática da NATO durante a cimeira dos em Bruxelas, no último mês de junho.
A esperança é que o processo de negociação aconteça este ano e no próximo, e que se comece a estabelecer o próprio centro em 2023. O Canadá garante que o centro ajudaria os membros da NATO a compreender melhor as implicações das mudanças climáticas na segurança.