TRABALHO E EMPREGO

Em Espanha o número de desempregados aproxima-se dos 5 milhões.
Também em Espanha, o número de trabalhadores residentes estrangeiros já ultrapassou os 5 milhões.
Há quem faça uma certa comparação com estes números e comece a questionar de uma forma insensata a situação de que se não houvesse trabalhadores estrangeiros, não haveria desemprego.

Com outros números e diferentes percentagens, esta é, também, a realidade em Portugal e noutros países. Mas essas comparações e dúvidas são puros enganos. Se não houvesse tantos trabalhadores estrangeiros em Espanha ou em Portugal, o desemprego seria igualmente elevado. E tudo devido ao facto de grande parte dessa mão de obra executar trabalhos que os espanhóis e os portugueses não querem fazer nos seus países.

Todos nós sabemos que no Canadá, por exemplo, a chegada de trabalhadores estrangeiros significa procura e vontade de trabalhar. Muitas vezes não se sabe nem como, nem porquê. O importante é arranjar trabalho e iniciar uma vida num mundo de oportunidades.

Em países como Espanha e Portugal nem sempre isso acontece. As pessoas não se limitam à busca de trabalho. Muitas vezes procuram emprego e uma carga de direitos. Depois, chega a acontecer que quando caem no desemprego, assiste-lhes o direito de recusarem trabalho que lhes é proposto, pela simples razão de não gostarem, ou de não se sentirem aptos.

Todos procuram o seu céu. Mas nestes momentos de crise generalizada percebe-se que quem busca oportunidades fica mais bem preparado para o futuro, do que aqueles que se consideram trabalhadores de empregos.

A Direção