TORONTO STAR: A DECISÃO DE PAGAR $5 MIL POR UM VÍDEO DE FORD

Rob Ford é visto num vídeo que surgiu na quinta-feira 7 novembro, 2013. (The Canadian Press/Toronto Star)
Rob Ford é visto num vídeo que surgiu na quinta-feira 7 novembro, 2013. (The Canadian Press/Toronto Star)
Rob Ford é visto num vídeo que surgiu na quinta-feira 7 novembro, 2013. (The Canadian Press/Toronto Star)
Rob Ford é visto num vídeo que surgiu na quinta-feira 7 novembro, 2013. (The Canadian Press/Toronto Star)

Um vídeo do presidente de Toronto, Rob Ford, vociferando sobre a morte de alguém é de “grande interesse público” e relevante para o caráter do presidente, defendeu o editor-chefe do Toronto Star, para explicar por que o jornal pagou $5.000.
O vídeo, publicado na quinta-feira no site do Star, mostra o presidente numa fúria profana. O jornal informou que foi filmado por um telemóvel, na casa de um apoiante de Ford.
Cooke não pôde dizer se a decisão anterior do jornal de não pagar por um vídeo que parece mostrar o presidente a fumar crack, pesou na sua decisão de pagar por este, mas confessou que às vezes deseja que o jornal tivesse optado por comprar o primeiro vídeo.
“O presidente esteve à nossa frente, um ou dois dias atrás, afirmando que não tem mais nada a esconder, e nos chama … a todos nós mentirosos e vermes, quando, desde o início, relatámos que dois dos nossos jornalistas tinham visto aquele vídeo, onde podiam visualizar o presidente a fumar crack, ou o que nós pensamos ser crack”, referiu Cooke.
O valor pago pelo Star pelo vídeo é “consistente com as taxas pagas por organizações de notícias por vídeos ou fotografias exclusivos”, segundo o jornal, e menos do que pagou por alguns trechos do livro, acrescentou Cooke.
“Nós pagámos por aquele vídeo, devido ao enorme interesse público, tanto em Toronto, como em todo o mundo”, justificou.
Alguns leitores manifestaram surpresa ou foram críticos no Twitter, em relação ao pagamento.
Cooke salientou que a decisão não era invulgar, porque agências de notícias pagam o tempo todo por vídeo, citando o exemplo de um cidadão que é o único a capturar imagens de um acidente de avião.
Ivor Shapiro, presidente da escola de jornalismo da Universidade Ryerson, concordou, sugerindo que algumas das críticas podem resultar de um tabu de longa data associado ao “jornalismo de talão de cheques”.