TORONTO: A VOZ, A ALMA E O CORPO DO FADO

Campaniça Trio e Carlos do Carmo. (DIREITOS RESERVADOS)
Campaniça Trio e Carlos do Carmo. (DIREITOS RESERVADOS)
Campaniça Trio e Carlos do Carmo. (DIREITOS RESERVADOS)
Campaniça Trio e Carlos do Carmo.
(DIREITOS RESERVADOS)

Com um dos percursos mais sólidos e consistentes do panorama artístico português, Carlos do Carmo – o embaixador do fado – voltou a Toronto para assinalar os 50 anos de carreira, com um espetáculo de corpo e alma, que elevou ainda mais alto a Semana Cultural Alentejana, na sua 30ª edição.
Comovido por regressar e poder cantar numa cidade onde tem muitos amigos e uma história vivida intensamente, Carlos do Carmo rapidamente interage com o público e promete trazer muitos dos fados bem conhecidos e outros que não conhecem tão bem.
Acompanhado por um jovem trio de guitarras (Paulo Parreira, Carlos Manuel Proença e Daniel Pinto), a comprovar – como fez questão de dizer – que esta nova geração é extraordinária e com a qual sente um prazer enorme em cantar, o fadista desperta a curiosidade e o interesse do público com um conjunto de fados escritos por uma nova vaga de poetas, de onde destaca os nomes de Nuno Júdice e Maria do Rosário Pedreira, “uma belíssima poeta e a mulher que tem descoberto os novos valores da literatura portuguesa”.
Carlos do Carmo, vai intercalando o espetáculo com mais observações culturais e presta uma homenagem ao falecido Bernardo Sassetti (maio de 2012), “o genial pianista português [e compositor de cinema] com quem teve o privilégio de gravar um disco”, “um músico culto, educado, refinadamente requintado, de um trato especialíssimo, (…) e que “tinha à cabeça uma dimensão musical que ultrapassava a vida terrena”.
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