

Os membros da comunidade muçulmana de Toronto realizaram uma manifestação no centro da cidade, no domingo, para condenar a execução de um clérigo xiita na Arábia Saudita.
No sábado, a Arábia Saudita anunciou a execução de Sheikh Nimr al-Nimr e 46 outros, incluindo outros opositores xiitas do regime sunita do país e vários militantes da Al Qaeda.
Dezenas de manifestantes juntaram-se em frente ao Consulado dos EUA, no 360 University Ave., cantando e carregando cartazes com citações de al-Nimr.
O grupo também prevê realizar um protesto semelhante em Otava na quarta-feira.
Foi iniciada uma petição online a incentivar grupos como a Amnistia Internacional para responder às mortes.
A notícia da morte do clérigo rapidamente se espalhou através das redes sociais usando a hashtag #IamNimr.
A morte do clérigo provocou indignação de ambos os grupos governamentais e civis em todo o mundo.
No domingo, o líder supremo do Irão, o aiatola Khamenei criticou a execução através de um comunicado no seu site, dizendo que al-Nimr “nem convidou as pessoas a pegar em armas nem preparou conspirações secretas”. Ele também prometeu “vingança divina” sobre a morte do clérigo.
O presidente do Irão e várias outras figuras políticas fizeram comentários semelhantes sobre a morte de al-Nimr.
Mas Saeed Rahnema, professor de ciência política da York University, disse que é improvável que a morte do clérigo tenha um impacto dramático sobre a relação já tensa entre o Irão e Arábia Saudita, classificando o aviso do Khamenei “pura retórica”.
Enquanto isso, cerca de 400 manifestantes juntaram-se em frente à embaixada saudita em Teerão no domingo e atearam fogo a uma parte do edifício.
Grandes manifestações também tiveram lugar em Beirute.
Esta foi a maior execução na Arábia Saudita em mais de 30 anos.
Fonte: CTV Toronto
Com arquivos da Canadian Press