O número de tiros da polícia no Canadá tem sido alto. Apesar dos pedidos de mudança na forma de agir dos agentes da autoridade, os especialistas em criminologia dizem que pouco mudou face ao ano de 2020. Por isso, os mesmos especialistas dizem estar preocupados com a atual situação.
De acordo com a imprensa canadiana, os polícias de serviço no Canadá dispararam contra 64 pessoas entre 1 de janeiro e 30 de novembro de 2021. Das 64, 32 morreram.
Mais de metade dos atingidos foram cidadãos indígenas e 17% cidadãos de raça negra.
Pelo menos, três pessoas foram mortas a tiro em dezembro, que não foram incluídas ainda na contagem.
Os números preocupantes para os especialistas em criminologia mostram que pouco mudou desde 2020, altura em que movimentos globais exigem mais responsabilidade e transparência da polícia.
Em 2020, 60 pessoas foram baleadas e 36 foram mortas. A registar, a morte de um menino de um ano, em Ontário. No ano passado, cinco pessoas foram atingidas no mês de dezembro.
Em 2021, os jovens continuaram a ser a grande maioria das pessoas alvejadas pela polícia.
Em pouco mais de 26% dos casos este ano, a polícia foi chamada aos locais por causa do porte de armas de fogo, seguido por ligações de violência doméstica.
Em 31% dos tiroteios, a pessoa tinha uma arma de fogo. Pouco mais de metade (52%), usava uma faca.
Os especialistas avisam que, em muitos casos, uma pessoa pode estar numa crise de saúde mental e ter uma arma. Por isso dizem que a polícia precisa de práticas de contenção e a sociedade precisa de melhorar o apoio para os que mais precisam.