Talento canadiano conquista a Academia

Correio da Manhã Canadá

Foi uma noite inesquecível para o Canadá. Na icónica gala dos Óscares, que desde 1929 distingue os profissionais da indústria cinematográfica, foram vários os canadianos que receberem estatuetas, num sinal claro de que o país vizinho dos Estados Unidos continua a marcar pontos na sétima arte.

Vista por milhões de pessoas ao redor do mundo, a cerimónia de entrega de prémios mais famosa do planeta foi acompanhada de perto pelo Correio da Manhã Canadá. Nas páginas 7, 26 e 27 deste jornal, poderá consultar ao pormenor os vencedores das várias categorias e descobrir os nomes canadianos premiados.

Não querendo dar ‘spoilers’, há um nome que está certamente na mente de todos: o do ator canadiano-americano Brendan Fraser, que conquistou a Academia com a interpretação de Charlie no filme ‘The Whale’. A produção foi, aliás, vencedora em mais do que uma categoria e o talento do Canadá continuou presente. O canadiano Adrien Morot levou para casa o troféu de melhor maquilhagem, tendo, com a sua equipa, transformado Fraser num homem de 272 quilos.

Daniel Roher foi outro nome canadiano que saiu triunfante da gala dos Óscares. No início da cerimónia, Daniel Roher levou para casa a primeira vitória canadiana, devido ao seu filme ‘Navalny’, que ganhou o prémio de melhor longa-metragem documental.

Houve mais prémios para o Canadá, muitos mais, tendo em conta que são apenas 24 as categorias. E não é de espantar. A indústria cinematográfica do país tem crescido a um ritmo nunca antes visto, nomeadamente em Toronto.

Recorde-se que no ano passado, foi anunciado que a cidade está entre os melhores lugares da revista Movie-Maker para se viver e trabalhar na indústria cinematográfica, tendo subindo impressionantes dez posições em apenas um ano, chegando ao 2.º lugar da lista. Por outro lado, as estatísticas revelam que os espaços de estúdios na cidade devem crescer 63% até 2025, acompanhados de um incremento de produções em Toronto. Vancouver, um mercado cinematográfico tradicionalmente maior do que Toronto, ficou em 6.º. Embora mais tímida, não podemos também deixar de referir a presença portuguesa no evento, que é também de aplaudir, sobretudo porque as características da indústria não permitem que o país compita com os grandes ‘players’: ‘Ice Merchants’, de João Gonzalez, não foi o escolhido na sua categoria, mas entra para a história do cinema luso como o primeiro filme português nomeado para os Óscares.

São certamente motivos de orgulho para toda a comunidade luso-canadiana.

Parabéns!