Nova Iorque, 04 nov 2021 (Lusa) — A bolsa nova-iorquina encerrou hoje com o quinto recorde consecutivo do índice alargado S&P500 e do tecnológico Nasdaq, com os investidores animados pelas decisões da Reserva Federal (Fed), conhecidas na quarta-feira, e estatísticas económicas consideradas positivas.
Os resultados definitivos da sessão indicam que o S&P500 avançou 0,42%, para os 4.680,06 pontos, e o Nasdaq 0,81%, para os 15.940,31.
Por seu lado, o seletivo Dow Jones Industrial Average baixou uns ligeiros 0,09%, para as 36.124,23 unidades.
A praça nova-iorquina mantém um espírito positivo, depois de conhecer os planos do banco central dos EUA, com os investidores a virarem agora as atenções para a informação económica e os resultados trimestrais.
A Fed, no final da reunião do seu comité de política monetária (FOMC, na sigla em Inglês), manteve as taxas de juro de referência inalteradas e informou que vai começar, no final deste mês, a reduzir as compras mensais de obrigações, se bem que tenha admitido que a inflação está elevada.
Hoje, foi divulgado que o número de inscrições semanais para o subsídio de desemprego foi 269 mil, o mais baixo desde o início da pandemia.
Os investidores têm estado com uma posição otimista no mercado bolsista no último mês, de que é testemunha a série de recordes recentes dos índices emblemáticos de Wall Street, devido em particular ao conjunto de resultados trimestrais.
Ao contrário, a preocupação está a ser a situação nas cadeias logísticas.
O fundador e diretor-geral da 50 Park Investments, Adam Sarhan, salientou que a Fed “fez passar claramente a mensagem de que o dinheiro vai continuar largamente acessível”.
Mas, preveniu, que “o mercado está em alta desde há quatro semanas, e começa a mostrar sinais de cansaço, o que significa que é chegado o tempo de um pequeno refluxo”.
Os índices continuam fundamentalmente orientados para a alta, “mas, a curto prazo (…), pode-se esperar uma descida”, acrescentou.
Entre as ações, realce para as da farmacêutica Moderna, que acabaram hoje o dia em Wall Street com uma queda de 18%, depois de a empresa apresentar resultados piores do que esperado e rever em baixa as suas previsões anuais, o que atribuiu aos problemas com a distribuição da sua vacina contra o novo coronavirus.
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