
Uma nova sondagem descobriu que quatro, em cada cinco entrevistados que disseram ter sido vítimas de assédio sexual no local de trabalho, não denunciaram o caso ao seu empregador.
A sondagem online de mais de 1.500 pessoas, feita pela Angus Reid, indica que aqueles que relataram o assédio apresentaram uma série de razões para não denunciar a situação.
A maioria referiu que preferia lidar com o problema por conta própria, enquanto outros citaram vergonha ou que sentiram que o incidente foi pequeno na natureza. Outros deram ainda a justificação de temer que a sua carreira ficaria prejudicada.
A sondagem revelou que 28 por cento das mulheres e homens que participaram relataram avanços sexuais indesejáveis, pedidos de favores sexuais ou foram alvo de conversas de teor sexual nos últimos dois anos.
A questão do assédio moral no trabalho ganhou destaque desde que a CBC demitiu o radialista Jian Ghomeshi, após um número de mulheres o terem acusado de assédio físico e sexual. Ele admitiu a prática de “sexo duro”, mas disse que os encontros foram consensuais.
O assunto ganhou ainda mais destaque depois que dois membros do Parlamento (Novo Democratas) do sexo feminino acusaram dois deputados liberais de má conduta e os liberais foram suspensos do «caucus» político.
Três quartos das pessoas que participaram do painel online, salientaram que o assédio sexual no local de trabalho deve receber muito mais atenção do que tem recebido.
A sondagem definiu o assédio sexual como avanços sexuais indesejados, pedidos de favores sexuais e outra conduta verbal – sem tocar – de natureza sexual.
Os resultados indicaram que as mulheres eram quatro vezes mais propensas a ser alvo de assédio sexual do que os homens; 43 por cento em comparação com 12 por cento.