Os canadianos querem uma ação climática urgente, mas o custo de vida é um obstáculo. Ainda assim, segundo os dados da sondagem IPSOS os inquiridos estão divididos quanto ao momento em que as medidas devem ser tomadas.
Uma nova sondagem da IPSOS sugere que uma maioria crescente de canadianos considera que o Governo e as empresas têm de fazer mais para combater a crise climática. Muitos dos inquiridos concordam que a temporada de incêndios florestais deste ano, que bateu o recorde, tornou evidente a necessidade de uma ação urgente.
A sondagem revelou que seis em cada 10 canadianos concordam que o Canadá deve fazer mais para combater as alterações climáticas e que o Governo federal estaria a falhar o país se não agisse agora. Um número semelhante de canadianos afirma também que as empresas canadianas devem tomar medidas urgentes para combater as alterações climáticas ou correm o risco de falhar com os seus empregados e clientes.
No entanto, apenas 26% dos inquiridos afirmam acreditar que o Governo federal tem um plano claro para que o país, as empresas e os cidadãos enfrentem em conjunto a crise climática. Destaca-se uma subida de 3% face a fevereiro do mesmo ano.
Embora as maiorias dos canadianos de quase todas as províncias concordem que o Canadá deve fazer mais para combater a crise climática, apenas 26% dos cidadãos de Alberta concordam.
A sondagem foi realizada em meados de julho, quando os incêndios florestais já tinham afetado várias províncias do país, incluindo Alberta.
A nível nacional, a sondagem também revelou que seis em cada dez canadianos acreditam que os próprios cidadãos têm de agir agora e fazer a sua parte para combater as alterações climáticas.
O momento certo para o fazer parece ser objeto de debate, sobretudo no contexto do aumento do custo de vida. Enquanto 35% dos inquiridos afirmam que este não é o momento certo para investir em medidas de combate às alterações climáticas devido ao atual clima económico, 38% afirmam o contrário.