SETOR AGRÍCOLA É O DE MAIOR RISCO DE EXPLORAÇÃO LABORAL EM PORTUGAL — ESTUDO UE

LusaBruxelas, 02 jun (Lusa) — O setor da agricultura, silvicultura e pescas é aquele onde existe um maior risco de exploração laboral em Portugal, revela um estudo da Agência da União Europeia para os Direitos Fundamentais (FRA), que reclama mais esforços aos Estados-membros.

O inquérito a ser divulgado hoje, o primeiro do género levado a cabo pela agência, e conduzido em 21 Estados-membros, conclui que se está perante “um problema endémico”, já que “a exploração de trabalhadores forçados a aceitar condições laborais abaixo dos padrões mínimos devido à sua situação económica e social”, é um fenómeno que está espalhado um pouco por toda a Europa, afetando sobretudo migrantes, e com particular incidência nalguns setores.

Segundo a FRA, que indica ser muito difícil quantificar o número de vítimas, devido à natureza do crime — cuja definição varia consoante o país e face aos muitos casos que nunca são reportados -, a exploração laboral afeta sobretudo trabalhadores migrantes que chegam a um Estado-membros oriundos de países terceiros ou de outro país comunitário, sendo que os setores onde o risco é maior são os da agricultura, construção, hotelaria e catering, trabalho doméstico e manufatura.