Os alunos de Ontário estão até 3 meses atrasados no que à aprendizagem diz respeito. Tudo se deve aos bloqueios provocados pela pandemia. A investigação foi feita pelo Science Table, um grupo de especialistas científicos e líderes do sistema de saúde que avaliam e relatam evidências emergentes relevantes face à pandemia da Covid-19.
Os alunos das escolas públicas de Ontário estão provavelmente dois a três meses atrasados na aprendizagem por causa do encerramento das escolas, causado pela Covid-19. A análise da Science Table garante que tudo isto vai dar origem a perdas, ao longo da vida, se nada for feito para os colocar novamente no ritmo certo.
Citando pesquisas dos EUA, Holanda e Reino Unido, epidemiologistas que aconselham o Governo de Ontário dizem que os alunos estão atrasados em relação ao que estariam academicamente, se o ensino presencial não fosse encerrado por causa da pandemia que começou em março do ano passado.
Os autores descobriram que o ensino virtual levou a um aumento de faltas, à diminuição inexplicável de matrículas nas escolas e à redução na quantidade de tempo que os alunos relatam dedicar aos trabalhos de casa.
As lacunas do ensino à distância são menos visíveis nas turmas mais novas, mas aumentam entre os alunos mais velhos. O impacto pode custar caro à economia canadiana, alertam os investigadores.
“Prevê-se que cada mês de perda de habilidades causará uma queda de 1% nos ganhos ao longo da vida, e diminuirá a renda nacional em 0,5% ao ano, traduzindo-se numa perda de PIB para o Canadá de 1,6 triliões de dolares”
O premier de Ontário, Doug Ford, já disse que as escolas não retomariam o ensino presencial em junho, já que poderia aumentar a transmissão da Covid-19 e prejudicar a economia.
O Science Table, um grupo de investigadores, diz que existe uma necessidade de financiamento adicional para a educação no ano letivo de 2021/2022 para abordar, e talvez eliminar, a lacuna de habilidades causada pelo ensino online.
O ministério da Educação garante que o Governo provincial planeia gastar mais de 85 milhões de dólares, no presente ano letivo, em esforços direcionados para trazer de volta a leitura, a escrita e a matemática aos alunos. Além disso, vão ser investidos 62 milhões de dólares para a escola de verão.