
Poucos dias depois do presidente de Toronto ter pedido o fim da prática de parar aleatoriamente e questionar residentes nas ruas, o novo chefe de polícia da cidade diz que esta pode melhorar a segurança pública quando feita corretamente.
Mark Saunders disse ao programa de rádio Metro Morning (CBC) que ele não apoia a discriminação racial ou rotineiramente mandar parar pessoas inocentes, mas não chegou a denunciar a prática conhecida como “carding”.
Ele referiu no programa que “quando bem feita, esta [prática] é legal”.
Críticos da prática afirmaram que esta tende a afetar desproporcionalmente os jovens negros e tem levado à desconfiança na polícia.
O presidente John Tory juntou-se às suas fileiras neste fim de semana, dizendo numa conferência de imprensa que pretende estar perante a administração da polícia de Toronto (em 18 de junho) e pedir a eliminação do “carding”.
A prática foi suspensa em janeiro pelo então chefe de polícia Bill Blair, mas Saunders defendeu-a como uma ferramenta valiosa.
A questão também poderá chegar aos tribunais depois que um homem de Toronto lançou um desafio constitucional contra a prática controversa na quarta-feira.
George “Knia” Singh, que se descreve como um Afro-Canadiano nascido em Toronto, alega que o esquema de recolha de informações equivale a discriminação racial que coloca as pessoas em perigo.
Singh, através do seu advogado, entrou com uma notificação de pedido de revisão judicial da prática, argumentando que a administração dos serviços de polícia de Toronto e o chefe de polícia tinham violado a sua Carta de Direitos.
Saunders explicou ao Metro Morning que os controlos policiais são “baseados no entendimento” e destinam-se a ajudar a investigar “o elemento criminoso na comunidade”.
Fonte: CP24
