Saúde e alimentação: estudo revela a melhor dieta para proteger o coração

Foto: Pexels-Antoni Shkraba
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Um novo estudo, conduzido por cientistas da universidade McMaster no Canadá, avalia a importância de uma dieta equilibrada para reduzir o risco cardiovascular e aponta certos alimentos como aliados do coração.

Para proteger o coração e reduzir o risco cardiovascular, é mais importante consumir regularmente alimentos benéficos, como frutas, verduras, castanhas e peixes, do que cortar radicalmente gorduras de origem animal, como sugere um estudo conduzido por cientistas canadianos da Universidade McMaster e publicado no European Heart Journal.

Os autores avaliaram pesquisas feitas em mais de 80 países e constataram os benefícios deste tipo de alimentação em todas as regiões do mundo.

Após avaliar dados de 245 mil pessoas, observaram que uma dieta benéfica para o coração inclui 2 a 3 porções de frutas e verduras todos os dias; 3 a 4 porções de leguminosas semanalmente; 7 porções de nozes ou castanhas semanalmente; 2 a 3 porções de peixe semanalmente e 14 porções de laticínios em geral (exceto manteiga e chantili) semanalmente.

O estudo sugere, no entanto, que é mais importante priorizar os produtos considerados protetores do coração em vez de fazer restrições drásticas de gordura animal. Contudo, isto aplica-se apenas a pessoas saudáveis, ou seja, que não possuem outros fatores de risco cardiovascular.

“O estudo trouxe uma nova perspetiva, ao desenvolver uma avaliação de dieta saudável com base em seis alimentos específicos e mostrou que uma dieta com maior inclusão de vegetais, nozes, leguminosas, peixe e laticínios está associada a uma menor incidência de doenças cardiovasculares e mortalidade”, afirmou Serena del Favero, nutricionista do Hospital Israelita Albert Einstein.

Para quem não dispensa carne vermelha ou laticínios mais gordos, a quantidade recomendada é de 1 porção diária de leite e derivados, que pode ser equivalente a um copo de leite, um pote de iogurte ou 1 a 2 fatias de queijo (aproximadamente 45g, dependendo do tipo e espessura).

Já para carnes não processadas, a recomendação é de uma porção diária, que representa aproximadamente 85g, equivalente a um bife pequeno de carne vermelha ou frango. Para os alimentos ultraprocessados e o açúcar devem ser consumidos com muita moderação. A Organização Mundial da Saúde (OMS) sugere que o consumo diário de açúcar adicionado não ultrapasse 10% do total de calorias. Os ultraprocessados não se devem tornar parte significativa da dieta diária, pois sabe-se que a sua ingestão excessiva está associada a um maior risco de doenças crónicas.