

Com as taxas de obesidade infantil em ascensão, a Saúde Canadá está a virar a sua atenção para anúncios de comida não saudável (junk food) que visam crianças.
Otava irá consultar o público, bem como grupos industriais e de saúde durante um período de consulta de 45 dias antes de introduzir legislação para restringir – ou talvez até proibir – a comercialização de comida não saudável para jovens.
As taxas de obesidade na infância no Canadá triplicaram desde 1980 e, hoje, quase um terço dos canadianos entre seis e 17 anos de idade tem excesso de peso ou obesidade.
A evidência mostra que as crianças obesas tendem a se tornar adultos obesos, o que cria uma tensão económica significativa para a sociedade, com um custo de até sete mil milhões de dólares por ano em cuidados de saúde e perda de produtividade, de acordo com um estudo do Senado.
E embora as regras mais restritas sobre a publicidade de «junk food» para crianças possam muito provavelmente afetar a saúde dos canadianos, isso também poderá influenciar meios de comunicação social e tradicional, como a televisão, além de patrocínios desportivos.
Atualmente, existem restrições semelhantes em pelo menos outros seis países, incluindo o Reino Unido, onde esses anúncios são limitados durante o horário nobre da televisão.
No Canadá, apenas o Québec tem restrições à comercialização de alimentos para crianças.
Andrea Carpenter, uma nutricionista pediátrica, diz que as restrições irão ajudar – mas também insiste na importância de se promover uma melhor educação alimentar, mesmo para produtos como sumos de frutas.
Fonte: CTV News