
São Tomé, 19 jul 2021 (Lusa) — A Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) exortou hoje todos os candidatos às eleições presidenciais de domingo em São Tomé e Príncipe e todos os outros atores políticos “a respeitarem o veredito das urnas”.
“A missão da CEEAC espera que a continuidade do processo eleitoral, nomeadamente a compilação dos resultados e o eventual contencioso decorram de igual modo na serenidade e no respeito dos textos eleitorais”, disse Nagoum Yamassoum, chefe da missão, citado num comunicado da organização.
A organização regional concluiu hoje que o escrutínio se desenrolou “num clima de serenidade” e que o “entusiasmo dos eleitores, nomeadamente jovens, foi assinalável”.
Numa longa declaração a jornalistas, o chefe da missão de observação e antigo primeiro-ministro do Chade felicitou o povo são-tomense “pela maturidade política e pela sua participação nessas eleições”.
A missão da CEEAC exprimiu também “o seu reconhecimento” ao Governo, a Comissão Eleitoral Nacional (CEN) e aos “atores políticos e forças de segurança que contribuíram para a realização do escrutínio”.
Os observadores consideram necessário “viabilizar a participação da sociedade civil no processo eleitoral, nomeadamente na organização e na observação das eleições”.
Segundo dados conhecidos até ao momento, pela divulgação de resultados por mesa eleitoral, Carlos Vila Nova, apoiado pela Ação Democrática Independente (ADI, oposição) é o primeiro classificado na votação deste domingo, seguido de Guilherme Posser da Costa, apoiado pelo Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe — Partido Social Democrata(MLSTP-PSD).
Na eventualidade de uma segunda volta, Vila Nova e Posser da Costa são os dois candidatos que passam a essa fase, que poderá decorrer no dia 08 de agosto, mas cuja data não foi ainda oficialmente marcada.
Carlos Vila Nova reivindicou esta manhã a vitória à primeira volta, garantindo que obteve mais de 50 por cento dos votos, e manifestou-se preocupado com a demora da CEN na divulgação dos resultados.
De acordo com os mesmos dados, Delfim Neves, presidente da Assembleia Nacional e apoiado pelo Partido de Convergência Democrática (PCD) ficou em terceiro lugar, mas este anunciou já, em conferência de imprensa, que vai impugnar os resultados devido a “fraude massiva”.
No total, 19 candidatos concorreram à sucessão de Evaristo Carvalho, que não se candidatou a um segundo mandato.
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