SALÁRIOS E SUPLEMENTOS COM CORTE DE 445 MILHÕES

Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque insistem nos cortes. (MIGUEL A. LOPES / LUSA)
Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque insistem nos cortes.
(MIGUEL A. LOPES / LUSA)

Governo quer saber quantos funcionários a menos vai ter em 2014, com vista a definir as despesas com pessoal.
O Governo está a exercer uma forte pressão sobre os dirigentes dos serviços públicos para que estes informem com urgência a Direção-Geral do Orçamento (DGO) sobre quantos funcionários a menos vão ter no próximo ano.
A urgência tem uma explicação: como o Executivo quer reduzir a despesa com pessoal em 445 milhões de euros no próximo ano, através de cortes nos salários e nos suplementos remuneratórios dos funcionários públicos, precisa de saber quantos efetivos o Estado terá para inscrever no Orçamento do Estado do próximo ano uma verba para gastos com pessoal.
Ao que o Correio da Manhã apurou, os responsáveis da DGO, que têm a responsabilidade de elaborar o Orçamento do Estado, todos os dias contactam os diversos organismos do Estado, com vista a saberem se já apuraram o número de funcionários públicos que vão exercer funções em 2014.
A pressão surge numa altura em que a troika (elementos do Fundo Monetário Internacional-FMI, Banco Central Europeu BCE e Comissão Europeia-CE), que se encontra em Lisboa para a 8ª e 9ª avaliação, recusa aceitar a flexibilização do défice orçamental de 4% para 4,5%, no próximo ano, como quer o Governo.