
RoseAnne Archibald é agora a primeira mulher a liderar a Assembleia das Primeiras Nações como chefe nacional. Um momento histórico para a comunidade indígena depois de uma liderança de 17 anos pelo rival, Reginald Bellerose.
A comunidade indígena fez história e pelos melhores motivos. RoseAnne Archibald da Nação Taykwa Tagamou, na província de Ontário, torna-se a primeira mulher a exercer funções como chefe nacional da Assembleia das Primeiras Nações.
Archibald garantiu a vitória após o rival, Reginald Bellerose, ter servido como chefe da Primeira Nação de Muskowekwan, em Saskatchewan, nos últimos 17 anos.
A agora chefe da Assembleia das Primeiras Nações mostrou-se orgulhosa por fazer história na comunidade. “Hoje é uma vitória, e pode dizer a todas as mulheres da sua vida que o teto de vidro foi quebrado. E agradeço a todas as que tocaram naquele teto antes de mim e o fizeram rachar. São uma inspiração para mim”.
A eleição estendeu-se para um segundo dia e foi para um quinto turno de votação, depois de nenhum dos rivais receber os 60% dos votos necessários para vencer. Quando a Assembleia das Primeiras Nações anunciou os resultados da quinta votação na noite de quinta-feira, o rival, Bellerose, retirou-se da corrida antes que uma sexta rodada de votação pudesse começar.
Archibald, que anteriormente exerceu funções como chefe regional de Ontário, está envolvida na política das Primeiras Nações há mais de 30 anos. A agora chefe da Assembleia foi a primeira mulher e a chefe mais jovem eleita para representar o país natal, aos 23 anos, e tornou-se a primeira mulher e a mais jovem vice-Grand Chief da Nação Nishnawbe-Aski em Ontário.
A vitoriosa candidata fez também uma campanha para construir um sólido plano de recuperação pós-pandemia para as Primeiras Nações, de modo a aumentar o envolvimento de mulheres, jovens e membros da comunidade LGBTQ.
Além disso, Archibald também se comprometeu a trabalhar com governos para implementar as 94 chamadas de ação da Comissão da Verdade e da Reconciliação e trabalhar com nações e sobreviventes para estabelecer memoriais para aqueles que perderam a vida em escolas residenciais.
Embora derrotado, Reginald Bellerose defendeu a nova chefe, fazendo questão de dizer que Archibald fez uma campanha justa e limpa.