Os documentos obtidos através da legislação de acesso à informação lançam uma nova luz sobre os esforços do Governo federal para convencer a Loblaw e a Walmart a assinarem o código de conduta para os supermercados, com falhas a surgirem nos meses que antecederam uma reunião da Câmara dos Comuns em que os retalhistas disseram que não podiam assinar o código quase completo.
“Há esforços federais em curso para obter o compromisso dos principais intervenientes, incluindo grandes retalhistas como a Walmart e a Loblaws, para participarem no código”, lê-se numa nota informativa preparada a 22 de setembro para uma reunião entre o ministro federal da Agricultura e do Agroalimentar, Lawrence MacAulay, e o ministro da Agricultura e do Agroalimentar do Quebeque, André Lamontagne.
O documento, obtido através da Lei de Acesso à Informação, refere que a participação de alguns dos maiores retalhistas está “ainda por determinar”.
A 7 de dezembro, os dirigentes da Loblaw e da Walmart disseram à comissão da Câmara dos Comuns que estuda os preços dos produtos alimentares que não podiam comprometer-se a assinar o código na sua forma atual, alegando preocupações quanto ao aumento dos preços.
Na reunião, o presidente da Loblaw, Galen Weston, afirmou que mantinha uma carta que a empresa tinha enviado um mês antes à comissão que elaborava o código. A carta dizia que a Loblaw receava que o código pudesse “aumentar os preços dos alimentos para os canadianos em mais de mil milhões de dólares”.
Os ministros federais, provinciais e territoriais tiveram uma reunião a 27 de novembro para discutir o código e a possibilidade de os dois principais retalhistas não o adotarem, de acordo com uma nota informativa.
Embora o código se destine a ser voluntário, recentemente falou-se em torná-lo lei para obrigar toda a gente a participar.
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