Retalho: Loblaw e Walmart não assinam código de conduta dos supermercados

It was evident to the federal government as early as last fall that Loblaw and Walmart might be holdouts to the grocery code of conduct, jeopardizing the project's success. A Loblaws grocery store is shown at a Bowmanville, Ont. shopping centre on Tuesday Feb. 28, 2023. THE CANADIAN PRESS/Doug Ives

Os documentos obtidos através da legislação de acesso à informação lançam uma nova luz sobre os esforços do Governo federal para convencer a Loblaw e a Walmart a assinarem o código de conduta para os supermercados, com falhas a surgirem nos meses que antecederam uma reunião da Câmara dos Comuns em que os retalhistas disseram que não podiam assinar o código quase completo.

“Há esforços federais em curso para obter o compromisso dos principais intervenientes, incluindo grandes retalhistas como a Walmart e a Loblaws, para participarem no código”, lê-se numa nota informativa preparada a 22 de setembro para uma reunião entre o ministro federal da Agricultura e do Agroalimentar, Lawrence MacAulay, e o ministro da Agricultura e do Agroalimentar do Quebeque, André Lamontagne.

O documento, obtido através da Lei de Acesso à Informação, refere que a participação de alguns dos maiores retalhistas está “ainda por determinar”.

A 7 de dezembro, os dirigentes da Loblaw e da Walmart disseram à comissão da Câmara dos Comuns que estuda os preços dos produtos alimentares que não podiam comprometer-se a assinar o código na sua forma atual, alegando preocupações quanto ao aumento dos preços.

Na reunião, o presidente da Loblaw, Galen Weston, afirmou que mantinha uma carta que a empresa tinha enviado um mês antes à comissão que elaborava o código. A carta dizia que a Loblaw receava que o código pudesse “aumentar os preços dos alimentos para os canadianos em mais de mil milhões de dólares”.

Os ministros federais, provinciais e territoriais tiveram uma reunião a 27 de novembro para discutir o código e a possibilidade de os dois principais retalhistas não o adotarem, de acordo com uma nota informativa.

Embora o código se destine a ser voluntário, recentemente falou-se em torná-lo lei para obrigar toda a gente a participar.

FOTO: CITY NEWS