Rendimento por quarto ocupado no turismo em março supera período pré-pandemia

Lisboa, 13 mai 2022 (Lusa) — O rendimento médio por quarto ocupado nos estabelecimentos de alojamento turístico atingiu 74,3 euros, em março, superior aos 68 euros registados em fevereiro e mais 4,4% comparado com março de 2019, divulgou hoje o INE.

Segundo as estatísticas da atividade turística, divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), “o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 74,3 euros em março (68 euros em fevereiro)” e, face a março de 2019, antes da pandemia, aumentou 4,4%.

Já o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 31,3 euros em março (24,3 euros em fevereiro), o que corresponde a uma diminuição de 7,4%, face ao mesmo mês de 2019.

No mês em análise, o setor do alojamento turístico registou 1,6 milhões de hóspedes e 4 milhões de dormidas, correspondendo a aumentos de 464,1% e 543,2%, respetivamente (+503,8% e +523,5% em fevereiro, pela mesma ordem).

“Os níveis atingidos em março de 2022 mantiveram-se, no entanto, inferiores aos observados antes da pandemia, com reduções de 15,3% nos hóspedes e 12,7% nas dormidas face a março de 2019”, apontou a entidade.

Em março, o mercado interno contribuiu com 1,3 milhões de dormidas e os mercados externos com 2,7 milhões.

No entanto, face a março de 2019, registaram-se diminuições nas dormidas de não residentes (-16,5%) e, em menor grau, nas de residentes (-3,6%).

Já os proveitos dos estabelecimentos de alojamento turístico atingiram 233,9 milhões de euros no total, dos quais 168,8 milhões de euros relativamente a aposento.

Quando comparado com março de 2019, os proveitos totais e os relativos a aposento decresceram 5,8%.

Numa análise ao primeiro trimestre de 2022, as dormidas totais aumentaram 398,5% (+176,2% nos residentes e +845,6% nos não residentes).

Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas decresceram 18,8% (-1,6% nos residentes e -26,4% nos não residentes).

Nos primeiros três meses do ano, os proveitos registaram crescimentos de 536,4% no total e 509,2% relativos a aposento.

Mas, face ao primeiro trimestre de 2019, antes do impacto da pandemia de covid-19, os proveitos totais diminuíram 15,7% e os de aposento recuaram 14,6%.

De janeiro a março, considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 3,9 milhões de hóspedes e 9,7 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 356,6% e 346,8%, respetivamente.

MPE // JNM

Lusa/Fim