O serviço de fronteiras canadiano não sabe onde estão dezenas de milhares de pessoas sinalizadas para sair do país. A conclusão foi apresentada no Parlamento esta quarta-feira pelo auditor geral do Canadá.
Um relatório apresentado na Câmara dos Comuns na quarta feira, dia 8 de julho, revela problemas na atuação da Canada Border Services Agency. Trata-se da agência responsável pelo cumprimento de ordens de afastamento de pessoas, de forma a garantir a segurança pública e a integridade do sistema de imigração canadiano. De acordo com o auditor geral, o serviço de fronteiras não procedeu à retirada da maioria das pessoas sinalizadas para sair do país. Em dezenas de milhares de casos, perdeu o contacto com essas pessoas. 50.000 pessoas foram sujeitas a ordens de afastamento desde abril de 2019. O paradeiro de dois terços dessas pessoas é desconhecido, o que equivale a 34.700 casos. Dessas pessoas, 2.800 têm antecedentes criminais. Problemas na qualidade da informação e falhas na gestão dos casos conduziram a atrasos evitáveis, diz o auditor. Dificuldades na partilha de dados com as autoridades de imigração também atrasaram o processo. O ministro federal da Segurança Pública, que é responsável pela agência, disse aceitar as recomendações do auditor para corrigir os vários problemas. Bill Blair antecipa melhorias na estratégia de afastamento de pessoas e uma repriorização dos casos.