(Jonathan Hayward /The Canadian Press)
Um novo relatório diz que o Ontário tornou-se um “grande centro” de tráfico de seres humanos e violência sexual no Canadá, com a maioria das vítimas a serem meninas menores de idade e jovens mulheres locais.
O relatório elaborado por uma comissão legislativa provincial está a pedir ao governo Liberal para aumentar o financiamento para o sistema de justiça e criar uma estratégia coordenada em toda a província.
A comissão, que emitiu o seu relatório no último dia da sessão de outono na quinta-feira, disse que o tráfico de pessoas para fins de exploração sexual é a forma mais comum de tráfico no Canadá, e o Ontario está funcionar como um “grande” centro.
A comissão viajou por todo o Ontário para ouvir histórias de 147 mulheres que foram vítimas de estupro ou assédio sexual. Os membros da comissão, incluindo duas ex-enfermeiras e uma outra que trabalhou num centro de crise de estupro, disse, apesar da sua experiência, que elas ficaram muitas vezes em estado de choque ao ouvir as mulheres contar histórias horrorosas de agressões sexuais.
Tracy MacCharles, o ministro de crianças e serviços para a juventude, que é responsável por um projeto de lei sobre a violência sexual e assédio que está agora diante da legislatura, disse que as recomendações da comissão, incluindo o pedido de um grupo de trabalho, ajudará a fortalecer o seu projeto de lei.
A Liberal Daiene Vernile, que liderou a comissão, disse que cabe ao governo decidir como proceder, mas ela quer ter certeza que as recomendações são implementadas.
A comissão descobriu que quase 60 por cento das vítimas de agressão sexual no Canadá são menores de 18 anos de idade, e um quarto destas são menores de 12. A maioria das vítimas – 92 por cento – são mulheres, e a maioria esmagadora dos atacantes – 99 por cento – eram homens.
Também concluiu que o Ontário carece de estatísticas atualizadas sobre a incidência de assédio sexual e os abusos sexuais na infância, e não tem um sistema padronizado para rastrear casos de tráfico de seres humanos.
Fonte: Canadian Press