
Atenas, 01 mai (Lusa) — Negociações difíceis com o Eurogrupo e a expetativa de um acordo entre Bruxelas e Atenas dominaram os primeiros 100 dias do governo de Alexis Tsipras, o líder da esquerda radical grega no poder desde 25 de janeiro.
A vitória eleitoral do partido Syriza, que concorreu às legislativas antecipadas com base num programa anti-austeridade, foi um reflexo da esperança e desespero num país sob intervenção da ‘troika’ internacional desde 2010, em prolongada recessão, dívida pública descontrolada, taxa de desemprego em redor dos 27% e um terço da população no limiar da pobreza.
“O fim da ‘troika’ e das políticas recessivas” foi provavelmente um anúncio extemporâneo por parte dos novos dirigentes gregos, quando o país tentava desesperadamente desbloquear 7,2 mil milhões de euros do segundo empréstimo internacional, a última parcela de um resgate total de 240 mil milhões de euros, quando o país não recebe qualquer empréstimo desde agosto.
