Regresso às aulas: Escolas pouco preparadas para inusitada vaga de calor

Foto: CityNews
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Uma vaga de calor em setembro significa salas desconfortáveis no regresso às aulas, especialmente quando menos de um terço das escolas públicas de Toronto têm ar condicionado a funcionar. Mas, com ou sem calor, as aulas estão a decorrer e milhares de funcionários e estudantes não têm outra alternativa senão aguentar.

As condições não são as mais confortáveis para a aprendizagem, já que das 583 escolas do Toronto District School Board (TDSB), apenas cerca de 30% são totalmente climatizadas, enquanto centenas de outras têm centros de refrigeração.

O TDSB e outras direções escolares da Área Metropolitana de Toronto (Greater Toronto Area – GTA) têm planos para o tempo quente em vigor, que incluem medidas como a utilização de ventoinhas, a abertura de janelas, o apagar das luzes e o desligar dos computadores. Estão a ser utilizadas sombras exteriores e os alunos estão a ser encorajados a hidratar-se.

Depois de um verão de calor recorde e de incêndios florestais em algumas zonas do país, Jeffrey Brook, especialista em saúde pública, afirma que as alterações climáticas estão aqui e que vamos assistir a mais dias quentes como estes durante o começo do ano lectivo.

“O ar condicionado é uma resposta lógica, uma adaptação às futuras condições climáticas, quando a estação quente começar mais cedo e durar mais tempo. Têm o inconveniente, claro, do custo e da utilização de eletricidade e energia que podem agravar o problema das alterações climáticas”, afirmou Brook.

O Ministério da Educação diz que todos os anos são atribuídos 1,4 mil milhões de dólares às direções das escolas para reparações e instalação de aparelhos de ar condicionado.

Numa declaração, o Ministério afirma que é da responsabilidade da direção da escola ter protocolos em vigor sobre a forma como lida com o calor nas escolas, bem como abordar as necessidades e requisitos de renovação das escolas.

“Esperamos que as escolas ouçam as preocupações dos pais e as necessidades dos alunos”, afirmou o Ministério.