Os canadianos apoiam a proibição total da posse civil de armas de fogo. É o que diz uma pesquisa do Instituto Angus Reid, feita logo após a decisão do governo federal de banir alguns tipos de armas, em consequência do ataque mais violento da história em Nova Scotia.
Uma pesquisa revelou que os canadianos apoiam a decisão de banir alguns tipos de armas de fogo do país. A decisão do primeiro-ministro canadiano Justin Trudeau de proibir a posse civil de algumas armas, foi anunciada na sequência de providências que foram tomadas após o maior ataque de sempre registado em Nova Scotia. As chamadas armas de assalto incluem pistolas semiautomáticas com grande capacidade de munição. Entre elas, os modelos AR-15, usado em vários tiroteios recentes, o Ruger Mini-14, usado no massacre da Ecole Polytechnique, em Montreal, em 1989, e o CSA-VZ-58, que foi usado pelo atirador na mesquita do Quebec, em 2017.
78 % dos inquiridos disseram que apoiam a proibição destas armas no país – o que corresponde a aproximadamente quatro em cada grupo de cinco canadianos. Contra a decisão do governo estão 22% dos entrevistados, a maioria, donos de armas de fogo. Os residentes de Nova Scotia e do Quebec, onde aconteceram os ataques mais violentos no país, são os que dão maior suporte à decisão do governo federal – as percentagens de apoio são, respetivamente, 83 e 87%. A medida tem maior oposição em Alberta, com 35% dos entrevistados contra e 65% a favor.
A proibição de armas de fogo no Canadá é uma mudança prometida pelos liberais desde as eleições de 2015.