
Pequim, 02 set 2025 (Lusa) — O Presidente russo reafirmou hoje em Pequim a recusa em comprometer a segurança da Rússia com um acordo de paz com a Ucrânia, que Moscovo invadiu em fevereiro de 2022.
“É uma decisão da Ucrânia escolher como garantir a sua segurança”, afirmou Vladimir Putin durante uma reunião com o primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, transmitida pela televisão.
“Mas a sua segurança (…) não pode ser garantida em detrimento da segurança de outros países, incluindo a Rússia”, acrescentou, repetindo um argumento que tem usado desde que ordenou a invasão do país vizinho.
A Ucrânia, que pediu a adesão à NATO, a que a Rússia se opõe, pretende obter garantias de segurança para dissuadir Moscovo a invadir de novo o país no quadro de um acordo que permita o fim da guerra em curso.
A Ucrânia recebeu garantias de segurança em 1994, no âmbito do Memorando de Budapeste, que assinou com a Rússia, os Estados Unidos e o Reino Unido em troca do arsenal nuclear soviético estacionado no seu território.
O acordo não impediu a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2014, quando anexou a Península da Crimeia e patrocinou um movimento separatista no Donbass (leste), e em fevereiro de 2022.
Putin e Fico estão em Pequim para assistir ao desfile militar que celebrará os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a que presidirá o Presidente da República Popular da China, Xi Jinping.
Assistirá também ao desfile, entre outros convidados, o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, que chegou hoje a Pequim num comboio blindado proveniente de Pyongyang, numa das suas raras viagens ao estrangeiro.
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