Putin condecora criadores de míssil Burevestnik e torpedo Poseidon

Moscovo, 04 nov 2025 (Lusa) — O Presidente russo, Vladimir Putin, condecorou hoje os criadores do míssil Burevestnik e do torpedo Poseidon, ambos de propulsão nuclear, por ocasião do Dia da Unidade Nacional.

“Hoje, aqui no Kremlin, homenageamos aqueles que deram um exemplo de serviço digno à Pátria”, declarou Putin durante a cerimónia, que ocorre ao cabo de mais de três anos e meio desde o início da invasão da Ucrânia.

O Dia da Unidade Nacional, celebrado em homenagem à vitória sobre a ocupação polaca no século XVII, foi instituído na Rússia em 2005, substituindo o dia 07 de novembro, aniversário da Revolução Bolchevique de 1917, no calendário dos feriados nacionais.

Na cerimónia de entrega das condecorações, o Presidente russo agradeceu aos autores dos engenhos militares Burevestnik e Poseidon e a todas as pessoas que participaram na criação destas “armas poderosas, eficazes e únicas”.

O resultado, segundo o líder do Kremlin (presidência russa), “tem, sem exagero, um significado histórico” para o povo russo, referindo que garantirá a segurança e a paridade estratégica do país durante as próximas décadas.

Vladimir Putin destacou que o míssil Burevestnik “supera todos os sistemas de mísseis conhecidos no mundo em termos de alcance” e sugeriu que especialistas estrangeiros puderam testemunhá-lo nos testes realizados em 21 de outubro, através de um navio espião da NATO presente na área.

“Não interferimos no trabalho deles. Deixámos que observassem”, comentou.

O líder russo acrescentou que “os novos princípios de funcionamento do torpedo Poseidon darão um impulso significativo à melhoria dos veículos não tripulados (drones)” e que, graças, ao desenvolvimento destas armas, Moscovo criou novos materiais e soluções digitais.

“A sua utilização permitirá avanços significativos não só na indústria militar, mas também em muitos setores civis durante a implementação de projetos e programas nacionais prioritários, incluindo energia nuclear, instalações energéticas para as regiões do Ártico e exploração espacial”, afirmou.

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