

Pedro Gonçalo Coelho, 45 anos, entrou em casa armado com um revólver pelas 19h30 de anteontem. Barricou-se com a mulher e a filha, bebé de 14 meses, que rapidamente se tornou numa das principais preocupações da equipa de negociadores da PSP. A bebé e a mãe só foram libertadas das mãos do condenado por violação pelas 04h00 de ontem, nos Olivais, Lisboa.
Desde o primeiro momento que a polícia sabia estar perante um instrutor de artes marciais que, em 2006, foi condenado a pena suspensa por ter violado uma antiga namorada. Sobre ele recaem mais dez processos-crime ligados a crimes violentos como sequestro, ofensas à integridade física agravadas, assédio e importunação sexual. A mulher, Márcia Almeida, enfermeira, queria interná-lo por considerar que Pedro Coelho “precisava de ajuda”.
O homem não aceitou a opinião da mulher e barricou-se com a família. Quando os agentes da PSP decidiram entrar na casa foram recebidos com pelo menos quatro tiros.
Nenhum deles ficou ferido e o instrutor acabou por ser levado. Está internado no Hospital de São José, em Lisboa, ao abrigo da lei de saúde mental. Durante todo o tempo que esteve dentro de casa terá ameaçado mãe e filha e nunca aceitou a rendição. Quando os agentes de investigação criminal da PSP entraram perto das 04h00 ouviram-se vários gritos da mulher.
A enfermeira ainda conseguiu fugir das mãos do violador, que depois se fechou num dos compartimentos da casa com a bebé, que acabaria por ser libertada das mãos do pai pouco depois.
Os meios policiais só deixaram o local pelas 05h00. Pedro Coelho deverá ser detido pela PJ quando tiver alta médica.