“Ligaram à babysitter dos vossos filhos? É que isto vai demorar…” Frenético e de guitarra em punho, Prince chegou quase uma hora atrasado, mas a plateia quase esgotada do Coliseu de Lisboa depressa esqueceu o capricho da estrela, que atuou no meio de mulheres, as 3rdEyeGirl. O concerto, que ainda decorria à hora de fecho desta edição, arrancou com o nunca editado ‘The Breakdown’ e seguiu logo para ‘Endorphine Machine’. A chuva de confetti deu o mote para o serão. Aos 55 anos, com farta cabeleira afro e muitos fios dourados ao peito, Prince esteve em grande e mostrou um ritmo imparável ao som de ‘Guitar’.
A francesa Farrah, de 33 anos, foi uma das fãs que não quiseram perder o espetáculo. Veio de Paris com uma amiga de propósito para ver Prince. Foi a primeira a chegar ontem ao coliseu, doze horas antes do concerto, porque apesar de ter bilhete, quis garantir a fila da frente. “Aproveitei para vir visitar Lisboa. O Princeé o maior! Está sempre a evoluir”, diz com um sorriso. A maioria dos fãs chegou discreta ao fim da tarde. No meio deles, esteve Pedro Luz, de 49 anos, que leva “29 anos de doença”, que é o funk do The Artist. De camisola com o rosto do artista, trouxe o filho Guilherme, de dez anos. “Ele está a aprender a gostar do Prince, que é um génio, um workaholic. É esse o seu segredo”, refere. Já de Málaga, com os amigos Daniel e Rosário, veio Francisco Xavier, de 33 anos. Quiseram ver o cantor ao vivo pela primeira vez e não estranharam o concerto anunciado só três dias antes. “Queremos uma festa pop”, diz.