Primeiro-ministro admite orientação para maior eficiência no SNS mas rejeita cortes

Lisboa, 29 out 2025 (Lusa) — O primeiro-ministro admitiu hoje que existiu uma orientação, que assumiu como sua, para uma maior eficiência na saúde mas recusou que se trate de cortes, reiterando a confiança na ministra da Saúde, Ana Paula Martins.

À saída da visita a uma escola em Lisboa, Luís Montenegro foi questionado sobre a notícia do jornal Público segundo a qual a Direção Executiva do SNS deu indicações aos hospitais para cortarem na despesa, mesmo que isso implique abrandar consultas e cirurgias.

“A palavra corte não é correta, não há nenhuma orientação no sentido de cortar o que quer que seja”, começou por dizer.

Montenegro acrescentou, em seguida, que existe “uma orientação muito exigente”, que assumiu como sua, no sentido de uma maior eficiência e “otimização de recursos”.

“Nós não queremos cortar nada. Implica gerir melhor, implica lutar contra o desperdício, implica fazer melhores opções na compra de bens e serviços, para podermos ter os recursos de que precisamos, para podermos ter uma política retributiva, em termos de valorização de carreiras, que seja adequada para podermos atrair e reter mais profissionais de saúde no sistema”, afirmou.

Questionado sobre o pedido de demissão da ministra da Saúde, hoje feito pelo líder do PS, Montenegro repetiu que todos os ministros no Governo contam com a sua confiança.

“Se não tivesse condições, não estava no Governo”, respondeu.

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