
O primeiro-ministro Mark Carney abriu a cimeira das Primeiras Nações sobre os grandes projetos a 17 de julho tentando virar a página. No entanto, os participantes entendem ser preciso mais do que uma reunião para criar consenso em torno dos planos de Ottawa para desenvolver rapidamente novos projetos de energia e infraestruturas.
Carney convocou a reunião com os chefes e organizações das Primeiras Nações no Museu de História para discutir a implementação da sua Lei de Construção do Canadá – o Projeto de Lei C-5. Esta lei dá ao gabinete o poder de contornar as leis existentes para acelerar as aprovações de grandes projetos de energia e infraestruturas considerados de interesse nacional.
A cimeira foi organizada depois de o Governo liberal ter enfrentado uma grande reação negativa por parte dos chefes. Os líderes indígenas afirmaram que os seus direitos não foram respeitados na pressa de aprovar a legislação no Parlamento.
Até ao fecho desta peça, o Governo ainda não tinha identificado quaisquer projetos concretos para dar início às consultas com as comunidades indígenas, tal como prometido por Carney.
O primeiro-ministro sublinhou que o Governo só está interessado em projetos que tenham interesse para os indígenas e oportunidades económicas coletivas. Carney prometeu aos líderes das Primeiras Nações que podem “ajudar a construir a prosperidade” das suas comunidades para as gerações vindouras.
Após a reunião, as opiniões dos líderes indígenas não foram consensuais. Enquanto alguns afirmaram disponibilidade para dar uma oportunidade a Carney, outros referiram que uma reunião não resolve o problema. Os chefes das Primeiras Nações defendem a sua posição face a projetos que envolvam os seus territórios.