Os premiers canadianos apelaram ao Governo federal para que melhore as relações do país com a China, altere o sistema de fiança e gaste mais dinheiro nos cuidados de saúde.
Os apelos surgiram durante o terceiro e último dia da reunião dos premiers, em Huntsville, Ontário, a 23 de julho.
Perante a guerra comercial com os Estados Unidos da América (EUA) e as tarifas aplicadas por Trump, os premiers de Ontário e Saskatchewan disseram que o Canadá precisa de reforçar a relação com a China.
Mostraram-se preocupados com os efeitos destas tarifas nos trabalhadores do setor do aço nas suas províncias e pediram ao Governo federal que tente remover as tarifas chinesas sobre produtos canadianos como canola, ervilhas, carne de porco e marisco.
A guerra comercial foi, aliás, tema de discussão durante um encontro entre os premiers e Mark Carney no âmbito da cimeira, a 22 de julho.
O primeiro-ministro e os premiers apresentaram uma frente unida face às tarifas dos EUA, mas, até ao fecho desta peça, não foram revelados detalhes das negociações em curso até 1 de agosto. Ambos os níveis do governo defendem que o Canadá necessita de escolher o melhor acordo para o seu país.
Entretanto, um novo relatório da Câmara de Comércio Canadiana estimou que o custo médio de construção de uma casa nos EUA poderá aumentar em mais 14 mil dólares até ao final de 2027 se as tarifas sobre as importações canadianas se mantiverem em vigor.
Segundo os dados do relatório, em 2023, o Canadá foi responsável por 69% das importações de madeira dos EUA, 25% das importações de ferro e aço e 18% das importações de cobre, todos materiais de construção essenciais. Isto pode fazer com que as tarifas americanas tenham um efeito indesejado para o seu país, tornando a aquisição de habitação própria mais cara e ainda menos acessível para os americanos.