Os retalhistas independentes apelam a uma pausa no preço do leite, numa altura em que há pressão para manter os custos alimentares baixos.
A Federação Canadiana de Mercearias Independentes (CFIG) apela à empresa pública que gere o abastecimento e os preços dos produtos lácteos para que faça uma pausa em quaisquer novos aumentos dos preços do leite, no meio da pressão política para manter os preços dos alimentos baixos.
A Canadian Dairy Commission (CDC) revê o preço que os produtores de leite recebem pelo seu leite todos os Outonos e anuncia se esse preço vai aumentar ou diminuir no mês de fevereiro seguinte.
A Comissão informou vários grupos industriais, numa nota do dia 6 de outubro, que o preço do leite à saída da exploração poderia subir 1,77% em fevereiro, com base nos seus cálculos e no seu inquérito sobre os custos de produção.
No entanto, se uma ou mais destas partes interessadas invocarem um “mecanismo de circunstâncias excepcionais”, o ajustamento do preço não será definido pela fórmula, mas sim através de consultas, afirmou o CDC.
A federação invocou esse mecanismo numa carta enviada à Comissão no dia 6 de outubro. O vice-presidente sénior da federação, Gary Sands, escreveu que o sector das mercearias se encontra este ano numa situação excecional.
A indústria alimentar está atualmente sob pressão para manter os preços estáveis, tendo o Ministro da Indústria, François-Philippe Champagne, apelado às principais mercearias para que apresentassem planos para estabilizar os preços.
No passado dia 5 de outubro, Champagne anunciou que as principais mercearias se comprometeram a oferecer descontos, congelamento de preços e a igualar os preços.
Solicitado a comentar o apelo do CFIG, o diretor executivo da Dairy Farmers of Canada, Jacques Lefebvre, respondeu dizendo num comunicado que “as suas próprias práticas estão no cerne de quanto os consumidores pagam na mercearia”.
O Retail Council of Canada, cujos membros incluem as grandes mercearias e que foi uma das partes interessadas que recebeu o memorando, recusou-se a comentar. A Restaurants Canada, que também recebeu o memorando, não quis comentar.