PR moçambicano apela aos empresários para diversificação da atividade produtiva

Maputo, 30 mar 2022 (Lusa) – O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, apelou hoje ao setor privado do país para apostar na diversificação da atividade produtiva, defendendo que os empresários não devem continuar dependentes de estímulos do Estado, como isenções fiscais.

“Gostaríamos de ver mais empresários a adotar o sistema de exploração e diversificação de investimentos nos produtos e serviços, tendo sempre em atenção a produtividade, diversidade, qualidade e aumento da capacidade produtiva”, afirmou Filipe Nyusi.

O chefe de Estado moçambicano falava na abertura da 17.ª Conferência Anual do Setor Privado (CASP), o maior encontro de homens de negócios em Moçambique.

Os empresários moçambicanos, prosseguiu, devem ter sentido de oportunidade na identificação de áreas de negócios, interesse pelo conhecimento no domínio da sua atividade e capacidade para a mobilização de recursos.

O chefe de Estado moçambicano defendeu sinergias dentro e fora do país visando fortalecer a capacidade produtiva e competitiva, usando espaços como a CASP como “montra”.

“Que a CASP sirva de montra para a visibilidade do nosso país a nível regional e internacional, funcionando como bloco e plataforma geoestratégica produtiva e comercial”, declarou Filipe Nyusi.

Os homens de negócios nacionais, continuou, não devem depender de incentivos do Estado para serem competitivos, pois tais ajudas são transitórias.

“Mais do que exigir reformas do Governo, é preciso que o setor privado invista cada vez mais no aumento da produção”, enfatizou Nyusi.

A CASP junta durante os próximos três dias em Maputo mais de mil pessoas, sob o lema “Acelerando as ações de recuperação económica do setor privado em Moçambique”.

Na conferência será apresentada uma carteira de negócios avaliada em 990 milhões de dólares (893,5 milhões de dólares), para os setores de agricultura, energias, turismo, infraestruturas de água e transportes.

O evento retoma este ano, após ter sido suspenso nos últimos dois anos, devido à pandemia de covid-19.

 

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