
Lisboa, 06 dez (Lusa) – A presidente do Conselho de Finanças Públicas (CFP), Teodora Cardoso, admitiu hoje que Portugal “vai precisar de uma reestruturação da dívida”, mas “pela positiva”, recusando um ‘haircut’ (perdão), como aconteceu na Grécia.
“A reestruturação da divida é algo de que Portugal vai precisar. Isto porque as taxas de juro nos mercados internacionais até estão em níveis negativos, mas vão subir e já estão a subir”, afirmou Teodora Cardoso, numa intervenção num debate promovido pelas câmaras de comércio francesa e luso-britânica, que decorreu hoje, em Lisboa.
Nesse sentido, a economista defendeu que “há uma reestruturação que é necessária, mas é a reestruturação que acontece pela positiva”, que deve resultar de “políticas económicas que levem a maior crescimento” e que coloquem Portugal perante os credores “como um país que consegue efetivamente servir a dívida no futuro”.